Canção de alta noite
Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.
Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.
Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.
Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.
Andar...Perder o seu passona noite,
também perdida.
Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.
Andar... - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, indiferente,
anda por andar - somente.
Não necessita de nada.
4 comentários:
Gostaria de pedir gentilmente a sua visita no Blog do Circulo Literario Barbarense, este circulo reúne escritores e artistas de Sta Bárbara , interior de Sp...Queremos o apoio e os comentários dos blogueiros que se preocupam com a Cultura, assim como vc, para difundirmos a Arte aqui na Cidade, precisamos do seu apoio, visite o blog, se puder deixe criticas e sugestões, pretendemos publicar trabalhos dos participantes. Contamos com vc , já que não podemos contar com as Autoridades, as quais não querem um povo intelectualizado.
Grande Abraço!!
"Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa."
Querida Beatriz,
Passo pelo seu primeiro blog e me emociono, chego aqui me emociono novamente ...rsrsrsrs
Como ser indiferente a beleza dos poemas de Cecília ?
Beatriz, você está no Blogs Educativos? É que não estou vendo o selinho nos seus blogs. (acho que você está....)
Um caminhão carregadinho de abraços e beijinhos para você !
Com carinho,
Leonor Cordeiro
Belissima participação, escolha encantadora da poesia!!
Até!!
O poeta é um observador do abstrato, sua base é o sentimento e sua casa é falar maravilhosamente de tudo, mesmo que finja; falará da tristeza como ponto de partida para felicidade. A vida para ele é a história da humanidade e se não houver é melhor estar com Deus. O poeta é isso: um coração sangrando... Gostei de sua proposta literária. Parabéns.
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